O Presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, e bispo auxiliar de Campo Grande
(MS), Dom Eduardo Pinheiro, esteve em Natal, na semana passada, para participar
das comemorações dos 50 anos da Campanha da Fraternidade e do encontro de
coordenadores nacionais de expressões juvenis. Na ocasião, ele conversou com a
redação do Jornal A Ordem sobre a Campanha da Fraternidade e a Jornada Mundial
da Juventude. No final, Dom Eduardo deixou uma mensagem e um pedido para a
juventude da Arquidiocese de Natal: "Sejam vocês protagonistas, provoquem
questionamentos, reflexões e espaços, para que mais grupos de jovens sejam
fundados. Sejam vocês protagonistas de um mundo diferente."
A Ordem: A Campanha da
Fraternidade deste ano retrata a situação atual da juventude e, neste contexto,
reflete também a influência das novas mídias. A Igreja está atenta a isto?
Dom Eduardo: A Igreja tem sido
muito positiva quanto o olhar a juventude. E é interessante que, em relação às
comunicações, o Papa tem provocado este olhar positivo. Não podemos negar que
dentro deste contexto que estamos vivendo, de muitas transformações, a mídia é
responsável, também, pelas mudanças. A gente acredita que, a partir da mídia, o
bem pode ser cada vez mais propagado. E como nós temos como missão a propagação
do bem, da justiça, da verdade, do amor, dos valores, nós só temos que aderir a
esses espaços midiáticos, favorecendo aos jovens uma formação técnica para o
uso da mídia e a participação, o quanto possível, na linguagem jovem.
A Ordem: Todos os anos, a Igreja
lança um Texto base que serve de subsídio para as reflexões sobre a Campanha da
Fraternidade. Qual o conteúdo do Texto base deste ano?
Dom Eduardo: Podemos dizer que o
texto contempla três áreas: a pessoa do jovem, enquanto merecedora de situações
para a sua formação humana, cristã e cidadã; a Igreja, em si, para que renove
as estruturas, em vistas do jovem, e que seja um lugar de atração e de
formação; e a sociedade. São, portanto, três focos, enfatizados no Texto base:
a pessoa, a Igreja e a sociedade.
A Ordem: Qual a relação da
Campanha da Fraternidade 2013 e a Jornada Mundial da Juventude?
Dom Eduardo: Há uma relação, mas
não uma dependência. O contexto da Jornada acaba movimentando muitos jovens e,
porque não dizer, todo o Brasil. Então, esse contexto provocou, em nós, a
decisão de fazer com que a Campanha, que atinge todas as comunidades, nas suas
estruturas, reflita também a juventude.
A Ordem: E por falar na Jornada
Mundial da Juventude, como estão os preparativos, no Brasil?
Dom Eduardo: Há um fervor muito
grande que a gente percebe no meio dos jovens. E digo mais: no meio dos adultos
também. Com a peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora, principalmente,
o nosso povo tem se movimentado. E agora, certamente, o interesse vai aumentar,
devido a este contexto que a Igreja passa, na expectativa da vinda do novo
Papa.
A Ordem: O que significa para a
Igreja Católica, no Brasil, sediar a Jornada Mundial da Juventude?
Dom Eduardo: Um privilégio e um
compromisso. Um privilégio porque, diante de tantos pedidos, o Brasil foi
acolhido pelo Santo Padre, Papa Bento XVI. É um compromisso muito sério porque
no coração da Jornada existe a intenção principal de favorecer a pastoral
juvenil nos vários cantos do País. A Jornada não tem uma finalidade exclusiva,
mas quer ser um momento que proporcione um dinamismo maior para o jovem e para
a Igreja, em vista da evangelização.
A Ordem: Que frutos a Comissão
Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, espera colher com a Jornada
Mundial?
Dom Eduardo: Um dos frutos que
esperamos é a maior abertura das nossas comunidades paroquiais e diocesanas, com
relação à juventude. Esperamos que haja mais espaços de oportunidades,
propostas de encontros, de evangelização e, de modo todo particular, o
envolvimento dos jovens nas decisões, e nas redes sociais em vistas da
evangelização.
A Ordem: Que mensagem o senhor
deixa para a juventude da Arquidiocese de Natal?
Dom Eduardo: Já experimentei o
ardor missionário da juventude da Arquidiocese de Natal, em outras ocasiões,
como, por exemplo, no Bote Fé, no ano passado. A vocês, queridos jovens, deixo
um pedido muito grande: que vocês saibam aproveitar muito deste presente que
Deus está concedendo, através da Campanha da Fraternidade, da Semana
Missionária e da Jornada Mundial da Juventude. Sejam vocês protagonistas,
provoquem questionamentos, reflexões, espaços, para que mais grupos de jovens
sejam fundados. Sejam vocês protagonistas de um mundo diferente. Deus os
abençoe, dê criatividade, sabedoria e coragem para responderem positivamente à
frase do profeta Isaías: 'Eis-me aqui, envia-me'.
Foto: Cacilda Medeiros

Fonte: Arquidiocese de Natal(http://www.arquidiocesedenatal.org.br/)
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